essa newsletter, minha newsletter, tá fazendo um ano.
parabéns pra ela, parabéns pra mim e parabéns pra quem apareceu por aqui nesses últimos 365 dias.
apesar de não ter entregado o que eu acho que deveria ter entregado, fiz o que tinha combinado comigo e consegui chegar às bodas de papel. seria mais poético se isso fosse um diário com folhas amareladas, não a tela do computador do meu trabalho, mas tudo bem. VIVA a “me vê mais uma newsletter, por favor”!
às vezes só enchi linguiça, às vezes quase desisti e na maioria do tempo fiquei me lastimando por ser egocêntrica demais. pareço plena por fora, mas é isso aqui que me acompanha desde março de 2023:
será que eu sou só uma patricinha sulista ridícula, sem talento algum, que não tem vergonha de perder horas e horas do dia com o tiktok e que acha que tem noção do que acontece no brasil só porque enxerga, e se sente mal, com algumas merdas que acontecem por aí?
e tem mais. muitas outras perguntas, auto sabotagens e outras perguntas perguntando se é auto sabotagem mesmo ou se é só noção de que sou mediana mesmo.
infinitos questionamentos e, pra falar a verdade, poucas respostas.
não cheguei a grandes conclusões e nem devo ter feito alguém dizer “UAU! É ISSO MESMO!”. ou fiz. e isso mudaria alguma coisa? só por um momentinho. afinal, quem não gosta de ganhar um likezinho de vez em quando?
o ruim é que essa dopamina se manda tão rápido quanto uma propaganda relâmpago da JEQUITI e só fica a ressaca. mal estar esse que não dá pra curar nem com neosaldina (vocês tbm têm um remédio favorito? *-*), mas que pelo menos faz com que eu continue escrevendo essas lorotas em meio ao caos e o tédio da minha vida física e jurídica.
e sabe que eu tô feliz assim?
mesmo não divulgando minhas coisas por aí (eu morro de vergonha), sinto que tô criando uma comunidadezinha gostosa aqui e talvez o próximo combinado seja eu me jogar mais.
será?
veremos, veremos.
o que prometo é continuar aqui mais um ano, com minhas good e bad vibes e tentando descobrir o que é a vida.
mas sem cobranças, né?
eu odeio ser cobrada (e cobras em geral).
Goodvibes de MARÇO
Voltei a fazer natação e com isso veio a memória boa dos meus 10 anos, quando aprendi a nadar junto com as minhas melhores amigas e a nossa única preocupação era sair da aula correndo pra assistir o Sítio do Pica-pau Amarelo em casa.
Meu visto de turista pros EUA foi aceito e, mesmo sendo cafona querer ir pra lá, a minha Carrie Bradshaw interior está animadíssima. Não vejo a hora de andar pelas ruas apinhadas de gente mal humorada, segurando um bom café, enquanto toca a música de abertura de Sex and The City na minha cabeça.
Em 2022, ganhei o meu primeiro (e único) concurso de escrita. Agora, em 2024, recebi o livro onde foi publicada a minha crônica “Toda mulher tem um jeito diferente de fechar o sutiã”. Tem coisa mais chique?
Alegria de adulto é a modernização (e sincronização de dados) do sistema de declaração de imposto de renda. Viva o gov.br!
Badvibes de MARÇO
Estou gerenciando uma pequena reforma no meu local de trabalho e não aguento mais pedir três orçamentos pra cada parafuso que tenho que comprar. Além disso, nada é pior do que ter que dar jeito em uma coisa que tu não faz ideia do que é, tipo uma VÁLVULA DOCOL REPARO COMPLETO 1 1/4.
O filme “Eu, Capitão” não é ruim. Nem um pouco ruim, mas é muito, muito, muito triste. Saí de ressaca do cinema, porque a realidade é tão pior que isso e esse filme é “somente” baseado nela.
Os tártaros nos dentes e o zzZZZzZZZZz da maquininha do dentista pra tirar esses mesmos tártaros.
Deitei na rede e vim de LEITURINHA
Léxico familiar (Natalia Ginzburg) - as piadas internas que uniram uma família separada pela guerra.
Solução de dois estados (Michel Laub) - entre dois irmãos há muitos mais do que capítulos de autodefesa.
Escrita em movimento (Noemi Jaffe) - não-ficção cheia de dicas e exemplos potentes sobre como escrever melhor.
Diorama (Carol Bensimon) - no sul do Brasil houve um crime e não foi só o morto que perdeu com essa morte.
Placas Tectônicas (Margaux Motin) - superar uma separação não é fácil, mas pode ser engraçado.
No meu rolo da câmera rolou essa foto aqui
O que é a VIDA, Gabriela?
fazer aniversário
de namoro,
de anos vividos,
de boletos a pagar,
de vontade de mandar tudo à merda
e, na maioria das vezes,
não mandar.
só cagar.
Parabéns pela newsletter, Gabriela. É minha leitura certa!
E sex and the city é minha religião.